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segunda-feira, 30 de maio de 2016

A importância da linguagem corporal numa entrevista de emprego No Brasil, assim como na França, numa entrevista de emprego tanto os recrutadores quanto os candidatos são sensíveis à linguagem corporal, que revela muito sobre a personalidade. Neste momento, na França, vários workshops são organizados para ajudar os candidatos, homens e mulheres, a utilizar a linguagem corporal para ter sucesso numa entrevista de emprego. Mas será que isto não é apenas um mito? Veremos que não. Começar com o pé direito para ter todas as vantagens Ter um bom CV pode te colocar numa boa posição. Isso pode encorajar o empregador a encontrá-lo. Eles vão querer discutir sobre seu futuro dentro da empresa. No entanto, um mau uso da linguagem corporal pode fazê-lo perder este emprego justamente no momento em que você pensava já tê-lo conquistado. A sua linguagem corporal mostra simplesmente ao seu empregador se você tem essas qualidades. Seu papel ao longo da entrevista é de se adaptar. E isso começa antes de atravessar a porta. Você pode praticar diante de um espelho ou um vídeo imaginando a situação da entrevista. Pode haver câmeras, logo, interprete seu papel antes mesmo de entrar na empresa e não o perca até sair. lingua corporal 2 A linguagem corporal é fundamental desde os primeiros segundos do encontro A partir do momento em que você entra na empresa, alguém já pode ter observado sua linguagem corporal. Se você precisa aguardar numa sala de recepção, o melhor é não reler as suas anotações. Ao invés disso, folheie revistas e folhetas da empresa para passar o tempo. Sua linguagem corporal veiculará facilidade e confiança, além de verdadeiro interesse pela empresa. Quando alguém vier anunciar que você pode se apresentar para a entrevista, entre na sala como se você o fizesse todos os dias. Mantenha a cabeça erguida e mexa-se com naturalidade e segurança. Apresente-se e aperte a mão de seu interlocutor de maneira firme e dinâmica (sem esmagá-la, claro). Sente-se na cadeira que lhe oferecerem. Caso você mesmo deva escolher o seu lugar, escolha uma cadeira ao lado ou de frente para o seu interlocutor para que ambos possam se beneficiar de sua linguagem corporal. Tente determinar em qual medida a pessoa está à vontade com você. chien Tente evitar a linguagem corporal mal aceita. Se você cruzar os braços, o empregador penserá que você está na defensiva. Se você esfregar o nariz, você poderá ser considerado desonesto. Se você colocar as mãos no bolso, você pode ser visto como alguém que não está à vontade ou até mesmo que tem algo à esconder. São gestos que você pode facilmente evitar. Basta se concentrar. Ainda há muito o que aprender sobre a linguagem corporal no trabalho e nas entrevistas de emprego. Quanto mais você souber sobre a linguagem corporal, mais chances terá de obter o emprego tão desejado. Independentemente de estar buscando um emprego no Brasil ou na França, caso você vise a expatriação, lembre-se dos nossos conselhos e aposte todas as fichas em você para ter sucesso no seu projeto.
5 DICAS ÚTEIS PARA UM HOMEM SE VESTIR MUITO SEXY A primeira coisa que os homens deveriam saber acerca de se vestirem de maneira sexy é não fazê-lo de forma muito óbvia. A subtileza é sexy. Uma t-shirt que diga "Quero dormir contigo" não é. Todas as roupas devem ser confortáveis, mas não apertadas. Você também pode optar por coisas que são fáceis de subir e descer, usando ao mínimo peças como cintos, fivelas e laços. Depois de entender o básico é hora de entrar em detalhes com outras dicas que podem fazer com que elas desmaiem só de olhar para si: 1. Mostre o seu traseiro - com bom gosto Não estou a falar daquelas calças largas, inspiradas em uniformes de prisão, que deixam metade do rabo de fora a apanhar vento. Calças de ganga apertadas ao corpo podem fazer maravilhas, porque uma das primeiras coisas que elas olham é para a sua retaguarda. 2. Invista em roupa interior Uma boa underwear é uma coisa muito subjetiva, mas existem algumas regras básicas: sem buracos, nem rasgos, nem palavras desenhadas como "Beija-me" nem aparecer de cuecas brancas quase infantis, como aquelas com imagens de super-heróis. Escolha uns boxers apertados que mostrem os seus encantos. Os homens tendem a manter as suas roupas íntimas durante anos, mesmo décadas, mas faça um favor à sua vida sexual e compre alguma roupa interior nova. 3. Casual, mas bem arranjado Usar roupas desportivas até é bom, tem sex appeal, porque mostra que você está relaxado, talvez até um pouco selvagem e está pronto para passar um bom bocado. Isso, no entanto, pode facilmente tornar-se desagradável num encontro amoroso, se ela interpretar "informal" como sinónimo de "má qualidade". Uma camisa confortável é uma coisa, uma camisa confortável com manchas de suor nas axilas e rasgada, é outra. 4. Use tecidos que convidem ao toque Se você se poder dar ao luxo de comprar caxemira, faça-o (desde que não seja cor-de-rosa). Caso contrário, escolha tecidos que sejam mais baratos, mas muito acolhedores, e confortáveis como camisas, sweat-shirts e pulôveres, por exemplo, ​​que sejam feitos de materiais que as mulheres querem tocar. Você pode-se surpreender com o número de mulheres que não conseguem manter as suas mãos longe de um casaco de peluche macio. Tecidos de seda ou de lã mohair, por exemplo, também são boas apostas, embora possam roçar os limites do bom gosto. No final, apenas certifique-se de que a roupa que você escolher vestir, esteja sempre limpa. 5. Mostre alguma pele, sem ser um decote masculino O decote masculino é tudo menos atraente. As mulheres não querem ver os seus mamilos e querem ver o seu peito o menos possível. O que elas gostam de ver mesmo é um pouco de músculo, como ombros fortes, bíceps trabalhados ou um antebraço irresistível. No Verão, não use calções muito curtos, podem fazê-lo parecer ridículo. Use roupas que pareçam sedutoras ao se olhar para baixo, mas sem parecer que vai para a praia.
COMO ENTENDER A LINGUAGEM CORPORAL MASCULINA Muitas mulheres têm dificuldade em entender a linguagem corporal dos homens. Será que estão interessados em si? Estarão aborrecidos? Nem sempre é fácil entender o que os homens querem. Eu sou homem e eu próprio tenho dificuldade em entender-me a mim próprio, eh eh eh!! Mas não se preocupe, porque nestas coisas há sempre um perito qualquer pronto a ajudar. Nesta caso, a autora expert em linguagem corporal, Janine Driver, fornece-nos algumas dicas no seu livro You Say More than You Think (Você Diz mais do que Pensa). CONHEÇA ALGUMAS DELAS: Sinais de que ele não está interessado em si Você está na conversa com ele há algum tempo, mas não tem certeza se ele está interessado em si. Preste atenção a estes sinais, eles indicam que o melhor é abandonar o barco: - Ele põe as mãos nos bolsos; - Ele vira o tronco para longe de si; - Ele cruza a perna que está mais próxima de si por cima da outra, de modo a criar uma “barreira” entre vocês; - Ele evita contacto visual. Sinais de que ele está interessado em si Se você está numa festa, por exemplo, e não sabe se o homem com que você conversa ou está a fazer só porque é simpático ou porque tem algum outro interesse, procure por esses sinais que indicarão que ele está, sim, interessado em si: - Ele põe a mão nas costas da sua cadeira ou toca em algo que lhe pertence (a sua roupa, a sua mala, qualquer coisa. Este é um sinal de que ele está a “marcar território”); - Ele mantém o tronco de frente para si; - Ele cruza a perna que está mais longe de si pode cima da outra, deixando o joelho da perna próxima a si “livre”; - Ele estica as pernas na sua direção; - Ele desabotoa o casaco. Sim, pode ser que ele esteja simplesmente com calor, mas se não estiver tão quente assim e ele estiver muito entretido pela vossa conversa, ele vai desabotoar na mesma. Sinais de que ele pode estar a mentir-lhe Se você está com dúvidas em relação às coisas que ele diz, repare nestes sinais: - Ele mexe os ombros quando você pergunta alguma coisa; - Ele balança a cabeça confusamente quando fala de um assunto que parece ser delicado; - Ele vira o tronco para a porta, a janela ou qualquer outro meio de “fuga” disponível; - Ele simplesmente não olha mais nos seus olhos ou gagueja, coisa que não fazia no início da conversa. Fonte consultada para este artigo: DRIVER, Janine - You Say More Than You Think: A 7-Day Plan for Using the New Body Language to Get What You Want. New York : Three Rivers Press, 2011
Como decifrar a linguagem corporal dos seus filhos As crianças costumam usar sinais silenciosos para se comunicar Se tem perguntas que surgem na cabeça de diversos pais é como descobrir alguns sinais que seus filhos dão. E hoje aqui no blog quero compartilhar com vocês sobre esse assunto que aflige muitos pais, dando algumas formas para decifrar a linguagem corporal dos seus filhos. Li esse artigo sobre o tema e achei muito interessante postar aqui para vocês porque é fundamental falar, para que a relação filho X pais seja ainda melhor. Confira quatro sinais comuns – e o que você pode fazer para melhor sintonizar a sua criança. Seu filho está com os braços cruzados na frente de um brinquedo novo. O que você acha que significa: Esqueçe! Eu não estou interessado! O que provavelmente significa: Eu estou me sentindo apreensivo! Difícil de acreditar, mas uma pequena cruzada de braço pode ter mais de 67 interpretações, diz o especialista em linguagem corporal Patti Wood, autora de Success Signals. Para uma criança, é mais provável que um sinal de que ele está se sentindo desconfortável. Seu filho pode não ser capaz de dizer: Eu não quero este cavalo de balanço desconhecido perto de mim; por exemplo, mas ele pode proteger-se dele por dobrar os braços para criar uma barreira protetora. Crianças dessa faixa etária gostam de explorar coisas novas, por isso, se ele parece interessado em alguma coisa, ele pode apenas estar aumentando a sua coragem. Próximo passo: Se ele está hesitante para experimentar o novo cavalo de balanço, deixe para lá. Mais tarde, você pode encorajá-lo a brincar com ele novamente usando sua própria linguagem corporal para mostrar que você gosta do brinquedo: Mova-se lentamente com a mão, ou faça uma mímica como se estivesse montando nele e diga: Uau, isso é muito divertido! Mas não o force a subir no brinquedo, isso pode transformar sua apreensão em medo, e leva-lo a ficar com raiva. Quando ele se sentir seguro e curioso o suficiente, ele vai estar disposto a tentar brincar, explica Wood. Em vez de dizer Olá à tia Sara, seu filho coloca a camisa sobre a cabeça. O que você acha que significa: eu não quero vê-la! O que provavelmente significa: eu não quero que ela me veja! A reação de seu filho é provavelmente mais sobre ele do que sua tia. Primeiro, tente olhar para o rosto dele. Se ele estiver sorrindo, ele pode apenas estar brincando. Crianças estão lidando com muitas das novas emoções, e eles nem sempre sabem como expressá-las. Seu próximo passo, não faça disso uma grande coisa. Você pode só dizer: Ah, ele é apenas tímido fazer sua tia se sentir melhor, mas evite rotular o comportamento do seu filho na frente dela. Tente descrever o que está acontecendo: Parece que você está um pouco inseguro. Vamos dar-lhe um pouco de tempo, e você pode se juntar a nós, quando quiser. Em seguida, fale coisas boas da tia Sara para mostrar que ela é divertida de estar ao por perto. Quando você entra no quarto, o seu filho de 2 anos não te olha nos olhos. O que você acha que significa: eu fiz algo ruim (e eu não quero que você saiba disso). O que provavelmente significa: Eu me sinto mal por algo que eu fiz. Falta de contato olho no olho do seu filho nem sempre é um sinal de que ele está tentando ser espertinho. Junto com timidez, ele também está começando a lidar com sentimentos de vergonha e remorso – e isso é bom. Próximo passo: Fique calma se parece que seu filho está escondendo algo. Seu primeiro pensamento poderia ser de procurar rastro de migalhas do bolinho, mas ele pode estar simplesmente chateado que ele derrubou torre de blocos de sua irmã. Seja qual for o caso, a melhor maneira de responder é mantê-lo positivo. Se você sabe o que deu errado, fale com ele e diga para não fazer novamente. Se você não tiver certeza, diga: Eu sei que algo aconteceu e está tudo bem – eu te amo. Desta forma, ele vai se sentir seguro o suficiente para não tentar esconder as coisas de você. Os seu filho de 1 ano de idade, te dá empurrões ou corre pra longe de você. O que você acha que significa: Fique longe de mim! O que provavelmente significa: Eu posso fazer isso sozinho! O que pode parecer um insulto, é na verdade uma boa notícia. Seu filho está começando a confiar em si mesma e o mundo ao seu redor. Próximo passo: Tente não levar para o lado pessoal – seu filho ainda precisa das suas experiências. Se ele quer examinar uma árvore no parque, deixe-o tocar a casca ou cheirar as folhas. Evitar intervir a não ser que ele está fazendo algo perigoso, como pegar um galho afiado.
Linguagem corporal em entrevistas de emprego e reuniões de trabalho Os nossos aspectos comportamentais dizem tanto quanto nossas palavras. Gestos, expressões, posturas e atitudes do corpo podem mostrar credibilidade, segurança, ansiedade, e uma série de características que muitas vezes estão fora do nosso controle. Essas são formas de linguagem não-verbal, e passam mensagens tão importantes quanto aquilo que estamos falando. Para ter sucesso em uma entrevista de emprego ou em uma reunião de negócios, não é necessário somente preparar a oratória. É preciso ainda estar atento às outras formas de comunicação que são relevantes para um receptor, e que entregam mesmo que inconscientemente uma ação ou resposta. Muitos gestores e recrutadores são treinados para compreender esta linguagem, e através disso, interpretam informações que podem não ter sido passadas verbalmente. Por isso vamos explorar neste artigo alguns dos mecanismos mais comuns que são avaliados por outras pessoas numa relação direta, e quais as orientações para se sair melhor. Nem sempre é possível controlar tudo, mas conhecendo bem quais as principais armadilhas, fica mais fácil compreender o que é bem ou mal avaliado e aprender a dominar certas reações. Ter ciência da forma como você é interpretado pelos outros é fundamental para se relacionar melhor e trabalhar a sua inteligência emocional. Algumas pesquisas na área de neurociência dizem que a sua linguagem corporal pode afetar os hormônios, que por consequência acabam afetando atitudes e sendo determinantes para a tomada de decisões. Em outras palavras, a forma como dizemos as coisas é importante assim como o conteúdo. Vamos lá? Four different poses of one woman waiting for interview. Sitting Situação 1: entrevista de emprego Para começar, vamos visualizar a situação de um processo seletivo, onde além do currículo e das experiências profissionais, o comportamento do candidato também é avaliado – em muitos casos, com peso até superior e critério de desempate. Quando você tem uma linguagem corporal boa, o entrevistador consegue conhece-lo com mais facilidade. Isto não quer dizer que o entrevistado deva ficar imóvel durante a seleção, longe disso. É preciso que você saiba reagir bem a cada questionamento, e usar os movimento do corpo a seu favor. O próprio recrutador conhece cada situação que causa nervosismo e ansiedade nos profissionais, e ele bate exatamente nessa tecla. Como você reage ali na seleção, pode ser a maneira que você irá reagir em uma situação de emergência ou crise, caso venha ser contratado(a). Mas nem tudo é levado tão ao pé da letra, já que rotular um profissional por conta de um ou dois movimentos durante a entrevista pode ser uma péssima opção no recrutamento. No final, é o conjunto de ações e reações que conta e determina o avanço ou não no processo. Então, saia de casa preparado para o que pode vir, e comece a se observar desde o momento em que estiver à espera do início da entrevista. Existem empresas que começam a avaliar o candidato desde a sala de espera, para ver quem você é realmente antes de entrar – se interage com os outros candidatos, como se porta ao sentar, se não se atrasou, se está ofegante, se é educado com a secretária… e por aí vai. O comportamento fora e dentro da sala de seleção deve ser, no mínimo, coerente. Não adianta nada se sentar de qualquer jeito e falar alto enquanto espera e só se preocupar com a linguagem do corpo quando estiver lá dentro. O primeiro contato entre um candidato e seu entrevistador é quase sempre o visual, não é mesmo? Por isso, ao entrar na sala, sorria. Ao fazer isso, o profissional transmite a mensagem de que está tranquilo e seguro em relação à entrevista, pois confia em seu potencial – além de demonstrar que é simpático. Depois, como segundo contato, vem o aperto de mão. Como aquela velha expressão “a primeira impressão é a que fica”, é importante apertar a mão do recrutador com a mesma intensidade que ele aperta a sua – nem mais forte, nem mais fraco. O importante é transmitir vontade de apertar a mão. Isso mostra de alguma forma que você quer “estar igual a ele”, de uma forma bem sinérgica. Culturalmente, o aperto de mão é como o fechamento de contrato entre duas partes. Ao fazer isso em uma entrevista, você está passando a mensagem de que é uma pessoa confiável e que também confia no entrevistador. A empatia numa entrevista de emprego é construída através da descoberta de semelhanças. Então, uma boa maneira de começar com uma “ótima primeira impressão” é se deixar ser absorvido dentro do espaço proposto pelo entrevistador. Aproximação é a palavra-chave para aumentarmos a conexão nesse momento, e deixar que nossas emoções e comportamentos fluam mais naturalmente. Sente-se com uma boa postura. O ideal é manter-se com as costas eretas, sem reclinar ou inclinar demais. Se você senta de qualquer jeito, como se estivesse em casa, dá a ideia de que não está tão interessado naquela vaga. Por isso, mantenha-se direito mas evite estar muito rígido durante a entrevista. Movimente-se um pouco para enfatizar pontos importantes, e gesticule as mãos com moderação para demonstrar dinamismo (e evitar o tédio!). Linguagem aberta Pratique sempre a máxima do “olho no olho”, mas com ressalvas. Seja no primeiro olhar, durante a elaboração de perguntas ou enquanto responde a cada uma delas, tente manter contato visual com aquele ou aqueles que te entrevistam. O simples ato de desviar o olhar constantemente pode parecer que você está tentando se esquivar da resposta, por não ter domínio do que fala. Se você for entrevistado por mais do que uma pessoa, tenha o cuidado de distribuir o olhar por todos eles, dedicando-lhes a mesma atenção. Mas cuidado: não tirar os olhos de cima de quem te entrevista também pode ser ruim. É bem normal olharmos para cima ou para os lados de vez em quando, porque enquanto você fala seu cérebro está processando as informações e lembranças. No entanto, não se deixe distrair demais quando o entrevistador estiver falando.Mesmo que um dos recrutadores faça mais perguntas e se mostre mais interessado (ou tenha se apresentado como seu futuro chefe), é importante que não se esqueça que você está sendo avaliado por todos. Quando há algum psicólogo ligado ao setor de Recursos Humanos então, essa avaliação comportamental é ainda mais detalhista. Esse é o primeiro passo para transparecer uma linguagem corporal aberta. Caso você se pegue em uma situação de nervosismo, provavelmente irá cruzar os braços ou apertar as próprias mãos sem perceber. É do ser humano fazer isso inconscientemente. Fique atento! A princípio, esses gestos podem nos fazer sentir mais confortáveis naquela situação, mas acabam por mostrar que estamos na defensiva e nos distanciam dos outros. Por isso, descruze braços e pernas, e evite gestos de tensão – como roer as unhas, mexer no cabelo, esconder as mãos embaixo das pernas, agarrar-se na cadeira ou estalar os dedos. Esses são gestos que transmitem nervosismo e preocupação, podendo atrapalhar a boa avaliação do recrutador sobre você. Evite também brincar com a caneta ou outros objetos que tenha à mão. O ideal mesmo é manter as mãos abertas, repousadas sobre o joelho ou sobre a mesa, em sinal de sinceridade e transparência. Fazer gestos repetitivos durante uma seleção pode demonstrar também uma grande ansiedade, mostrando para o recrutador que você quer que a entrevista acabe logo. Por isso, nem pense em piscar muitas vezes, dar pequenos murros na mesa ou pisar o pé no chão repetidas vezes. Definitivamente, não vai pegar bem. Há outras ações e comportamentos que devem ser evitados, como o olhar para baixo enquanto fala. O tom de voz do candidato também deve ser percebido, pois ele pode transmitir entusiasmo ou desânimo. Tenha cuidado com a forma como apresenta o seu discurso e preocupe-se em falar devagar para ser bem entendido. Falar depressa demais pode soar que seu discurso seja decorado, ou não corresponda à realidade. Observação também para o movimento das sobrancelhas. Fala a verdade: é impossível não revelar informações através das sobrancelhas. Elas podem passar uma atitude positiva quando curvadas (mostrando interesse), ou quando franzidas podem significar certa dúvida (e consequentemente, uma atitude negativa). Inspira, respira e não pira! Também não pega bem ficar olhando a todo momento para o relógio. Isso demonstra preocupação com outro compromisso – e queremos ir embora o mais depressa possível. Ao marcar uma entrevista, cancele os seus outros programas e atividades, e demonstre que está disponível (e interessado) em aproveitar aquele momento e aquela oportunidade. Portanto, não denuncie pressa ou impaciência olhando para o relógio ou em direção à saída. Até porque o recrutador pode emendar a entrevista com um pequeno teste, que vai demorar o tempo que você precisa se dedicar a ele (pode ser rápido ou pode demorar). Se a entrevista for no meio da manhã ou no meio da tarde, desmarque quaisquer compromissos ao longo do dia e fique por conta do processo seletivo. É melhor sobrar tempo para fazer outras coisas do que se comprometer com outra atividade e não dar prioridade ao processo seletivo. E principalmente: não minta. Ao mentir você ficará preocupado em sustentar uma farsa ao ponto que não irá perceber seu corpo reagindo de outra forma. O receio de que o entrevistador pode descobrir a verdade cria um nervosismo no candidato que, inconscientemente, vai transmitir sua tensão em gestos. Piscar mais rápido, gaguejar ou até mesmo olhar para a porta, como se estivesse querendo fugir, são alguns dos sinais que podem denunciar que aquilo o que você está falando é uma mentira. Definitivamente, não tente passar por uma situação como essas. Você pode até se sair bem, mas no futuro, pode ser cobrado por uma ação ou qualidade que foi citada na entrevista. Situação 2 – Em uma reunião com colegas de trabalho Pensando numa segunda situação, as orientações não são muito diferentes e devem ser igualmente percebidas. O caso agora é uma reunião de trabalho, seja com colegas de equipe, parceiros ou fornecedores. Os profissionais que têm domínio da linguagem corporal podem sair na frente no mercado de trabalho, isso é fato. É parte do bom marketing pessoal. Assim como a linguagem do corpo pode ser determinante para contratar um profissional, ela pode servir de base para promover ou demitir um empregado. Em uma reunião de negócios que você precisa apresentar algum projeto ou resultado para a equipe, esteja atento à sua movimentação no ambiente. Assim como a gesticulação, você deve sempre controlar os exageros e permitir que a harmonia e a simpatia prevaleçam. Manter o contato visual com a plateia ou quem fala diretamente com você também é necessário para passar confiança, essencial para convencer outras pessoas a respeito do que você está falando. Agora, se você está do outro lado (o que escuta), certifique-se se não está de barriga vazia para começo de conversa. Por mais que uma reunião seja taxada como “rápida”, no fundo, todos sabemos que é difícil controlar o tempo de duração. Por isso, garanta o mínimo de estabilidade para seu estômago não ficar muito tempo sem comer. As condições físicas têm um grande impacto no estado emocional e, portanto, na linguagem corporal. Se você fica muitas horas sem comer, vai acabar demonstrando insatisfação e vontade que a reunião se encerre logo. Por isso, ao ter ciência de que entrará em uma reunião, faça um pequeno lanche e vá ao banheiro para não ter erro. Outra questão é deixar de lado os problemas que você eventualmente possa ter outros membros da reunião. Não tem jeito: se você não simpatia com alguém que está em um mesmo ambiente que você, seu corpo irá responder negativamente o seu estado emocional de irritação. Isso é ruim para você e também para essa pessoa, pois ela pode se sentir inibida de fazer uma contribuição, por exemplo. Esteja sempre atento à todas as irritações antes de entrar em uma reunião, e se preciso, dê uma volta para esfriar a cabeça. Procure controlar também suas inquietações e ansiedades, que são facilmente notadas em um grupo grande de pessoas – acredite, alguém ali estará reparando no seu mal comportamento. Outra dica é se policiar com relação às contribuições que você dá à reunião. Ser participativo, promover discussões e dar sua opinião não é o problema. Complicado mesmo é quando o profissional interrompe demais um debate, e principalmente, interrompe demais o orador. Se você faz isso constantemente, seus colegas podem achar que você não está disposto a ouvir o que eles têm a dizer – ou que está tentando compensar sua ignorância. 21_linguagem_corporal2 Situação 3 – Reuniões com chefes Quando a reunião é restrita a tutores, gerentes, coordenadores ou diretores, é ainda mais importante se preocupar com a linguagem do corpo. São esses contatos que determinam a sua imagem no trabalho e ajudam a costurar boas relações a ponto de fazer sua carreira evoluir. Para começar, existe uma regra que é antiga, provavelmente já conhecida pelo seus pais ou avós. Diz respeito a vestimenta em uma reunião com o chefe: o ideal é estarmos vestidos como eles, nunca melhor que eles. Parece uma coisa ultrapassada, mas na prática, faz sentido: o profissional que se assemelha visualmente ao que o chefe vê tem mais chances de se dar bem. É como a teoria do espelho. Mas se você der a impressão de que quer superá-lo, pode acabar tendo dificuldades. Quando iniciada a conversa, evite encarar demais o seu superior, e não crie falsas intimidades – principalmente se a reunião for em casa ou em um ambiente menos formal. Trabalho é trabalho. Não tente chamar a atenção falando alto, elogiando ou dando gargalhadas além do necessário. A visão que fica é a de que você está tentando aparecer ou que é um tremendo puxa saco. Também não tente esconder nada, pois certamente seu corpo entregará que há algo estranho no ar. Claro que ninguém gosta de levar problemas para o chefe, mas omiti-los é ainda pior. Seja franco e deixe que seu corpo transmita serenidade, mesmo se o assunto for delicado e envolver “a sua cabeça”. Mais erros Há ainda outras ações que podem ser prejudiciais em qualquer uma das três situações que descrevemos. Uma delas é usar o celular ou acessar os e-mails. Por mais urgente que possa parecer, não fique a todo momento de olho no celular para o recebimento de mensagens ou ligações – mesmo o telefone sendo corporativo. Não é preciso nem dizer que quando o celular é pessoal e a tela mostra redes sociais pessoais é uma tremenda falta de respeito. E nem tente justificar dizendo que consegue fazer as duas coisas ao mesmo tempo, já que a visão e a audição são sentidos diferentes. Eles trabalham juntos e em um reunião de negócios é preciso prestar ainda mais atenção no que o outro fala. Não é como ver TV e ficar no celular. Fique atento ainda se o aparelho está no modo silencioso, vibratório, ou em um escandaloso volume. Tudo isso pode te deixar desconcertado e colocar por água abaixo aquele bom comportamento que você estava se policiando a controlar. Outra situação é ficar “mudo” durante uma reunião. Quem evita se expor pode ser interpretado como desinteressado ou incompetente. Portanto, junte-se à discussão mesmo que as suas palavras não sejam cruciais para a conversa. Reafirme uma opinião afirmativa e não deixe de colocar na mesa algo que considera equivocado ou arriscado. Linguagem de um líder Um bom exercício para se inspirar é observar as atitudes de um líder. Ele não será necessariamente o seu chefe – há uma grande diferença entre quem dá ordens e quem lidera. Na prática, o líder é aquele que tem um carisma natural, aquela pessoa que quando entra numa sala todos olham ou quando fala todos escutam. Seu comportamento pode motivar equipes, aumentar a produtividade e influenciar os clientes. Em resumo, criam impacto positivo. Veja à sua volta quem é um líder nato e procure formas de observá-lo melhor, sem ser inconveniente. A postura de um líder é sempre um exemplo a ser seguido: desde a forma como se senta numa reunião, como se veste, como fala, a frequência com que olha nos olhos ou a forma como o seu corpo comunica. Tomar iniciativa é uma grande sugestão de confiança e liderança. Por isso, em situações que forem pertinentes, seja aquele primeiro que oferece o aperto de mão, o primeiro que inicia um debate, e aquele que propõe um olhar diferente quando a conversa parece tomar uma única direção. Essa é uma característica bem comum de palestrantes, vendedores e políticos. Eles usam gestos e expressões corporais para mostrar convicção sobre um ponto de vista, e convencer as pessoas a respeito do que está sendo dito. Conclusão Diante de tantas informações novas e já conhecidas sobre si mesmo, tente adaptar tudo que foi absorvido para a sua realidade. Ainda que existam maneiras de utilizar a linguagem corporal a seu favor, é preciso respeitar a naturalidade dos seus gestos. Uma pessoa naturalmente tímida que for a uma entrevista de emprego e começar a gesticular muito, por exemplo, pode deixar evidente que está atuando e que não se comporta daquela maneira no dia a dia. Um exercício interessante para perceber os atos falhos da sua linguagem corporal é simular conversas na frente de um espelho, ou gravando um vídeo curto no celular ou câmera digital. Dessa forma, você consegue analisar se a mensagem que o seu corpo está mandando é coerente com o que você quer passar. Domine a arte de usar estas técnicas de maneira natural para que você possa projetar mais confiança e autoridade. Isso vai permitir que você conquiste os colegas, ganhe novos desafios, novos clientes e novas apostas. E acima de tudo, seja sincero para que seu corpo transmita verdade. Mesmo que você chegue em uma reunião ou entrevista de emprego chateado por ter batido o carro no caminho, seja franco a ponto de dizer que está impactado com uma situação que viveu. Assim, seu interlocutor passará a ter um olhar diferente em relação à seu comportamento corporal, diminuindo a margem para más interpretações. E ai, o que achou do artigo? Se tiver alguma contribuição a fazer, ou mesmo um caso que se sentiu “traído” pelo próprio corpo, conte para a gente através dos comentários!
Aprenda essas simples dicas de linguagem corporal para identificar rapidamente um mentiroso Identificar um mentiroso não é uma tarefa fácil. Uma pessoa tímida, por exemplo, muitas vezes é confundida com um mentiroso devido a sua falta de habilidade em se expressar. Assim como Otelo, personagem de Shakespeare, confundiu o olhar de sua esposa com traição, cometendo uma terrível injustiça, é possível que na vida real façamos isso com frequência. O especialista em comportamento Paulo Sergio de Camargo, autor do livro “Não minta para mim: psicologia da mentira e linguagem corporal” dá as dicas de como identificar um mentiroso conforme sua linguagem corporal. Confira. Afastar-se do interlocutor O autor diz que uma das técnicas mais usadas por especialistas para desmascarar um mentiroso é se aproximar o máximo possível dele durante uma pergunta delicada. Essa tática pode deixá-lo mais ansioso e propenso a se entregar. A tentativa de manter uma distância confortável aparece tanto física quanto verbalmente: ele também procurará se manter longe dos detalhes de sua história. Ainda assim, é preciso tomar cuidado com esse sinal. “Certos mentirosos se aproximam intensamente de suas vítimas”, escreve o especialista. Mas esses aí já são quase psicopatas, mentem até para si mesmos. afastando Fechar os lábios Um mentiroso em ação costuma se fechar em si mesmo, evitando que as palavras saiam de sua boca. Um sinal bastante claro dessa resistência à comunicação é dobrar os lábios para dentro, apertando-os com força. Se ver isso em alguém, suspeite. boca fechada Conter os movimentos dos braços e mãos É comum que as pessoas que faltem com a verdade diminuam muito sua gesticulação. “As mãos ficam grudadas às pernas, nos bolsos, colocadas para trás”, escreve o especialista. “Os movimentos são escassos e controlados”. braços parados Desviar o olhar Desviar os olhos do outro não significa necessariamente falta de sinceridade: pode se tratar simplesmente de insegurança ou timidez. Ainda assim, é comum que o mentiroso baixe os olhos para evitar que a falsidade das suas afirmações seja percebida. desviar o olhar Encolher a cabeça O mentiroso tende a retrair o próprio corpo: pescoço encolhido, queixo baixo, pernas juntas e braços cruzados indicam uma tentativa inconsciente de controlar as suas próprias emoções. encolher a cabeça Movimentos repetitivos Na tentativa de se fechar em seu próprio corpo, o indivíduo pouco sincero tenderá a se movimentar de forma dura, repetitiva e mecânica. Esse é um sinal de nervosismo e descontrole comum em pessoas que mentem. Balançar a perna freneticamente ou os dedos, são alguns exemplos desses movimentos. movimentos_rigidos_photodisc Esconder a boca Esse é um hábito inconsciente de quem está mentindo. As pessoas escondem a boca na tentativa de “segurar a mentira” ou não permitir que outras pessoas a escutem. Claro que não funciona. mulher-com-a-mao-na-frente-da-boca-62213 Franzir a testa O nervosismo trazido pela situação também pode provocar o aparecimento de pequenas rugas horizontais na testa do mentiroso. O problema é que elas desaparecem muito rápido e nem sempre são fáceis de observar. Nem sempre as rugas significam mentira, mas quase sempre que alguém está mentindo elas aparecem. O ideal é analisar outros sinais junto a esses. mulher-rugas-testa-436 Olhar para cima e para a direita Quando direciona os olhos para o canto superior direito, o indivíduo normalmente quer criar uma imagem, explica Camargo. Esse é um dos sinais mais consistentes da mentira – a pessoa faz um esforço criativo, isto é, prepara algo fictício para dizer. O motivo de olharem para a direito está relacionado a parte do cérebro responsável pela criação. Ao contrário, o lado esquerdo é responsável pela memória. Quando olham para este lado, normalmente estão tentando resgatar algo que realmente aconteceu. olhar pra cima Tocar várias vezes o próprio corpo O autoabraço e as carícias aos próprios braços podem denotar insegurança, ansiedade, necessidade de proteção e retorno inconsciente a uma postura infantil. tocar o corpo Nem sempre esses gestos irão indicar que a pessoa está mentindo. Situações de nervosismo podem provocar algumas reações semelhantes. O ideal é sempre analisar o contexto e o conjunto de sinais dados pelo suposto mentiroso.
Erros de Linguagem Corporal em Apresentações : Cruzar os Braços Seus slides ficaram impecáveis, você domina o conteúdo, utilizou bem o tempo da apresentação, mas mesmo assim as pessoas não parecem ter gostado da sua apresentação, o que houve? Talvez seu corpo não esteja passando a mensagem correta, muitos estudos mostram que a linguagem corporal compõe até 55% da influencia do apresentador sobre a audiência. Com esse post damos inicio a uma serie que mostra os erros mais comuns de linguagem corporal por quem resolve apresentar algo, pra começar vamos falar de um gesto bem comum e aparentemente inofensivo, CRUZAR OS BRAÇOS. O Ato e cruzar os braços pode ter uma série de significados, entre os mais comuns estão “abraçar a si mesmo”, “diminuir o stress”, “aquecer-se”, “transmitir poder”, “insegurança” e “isolamento”. Esses dois últimos podem influenciar de maneira negativa a sua mensagem durante uma apresentação. Quando você cruza os braços, pode enviar uma mensagem subliminar de que não está aberto aos presentes (isolamento) e se sente ameaçado pelos olhares da audiência (insegurança), e isso é exatamente o oposto do que você quer. Cruzar as pernas também não é um bom sinal. Pode ser interpretado como desdém, principalmente se você cruza as pernas, os braços e encosta na parede. Quando você está apresentando, facilite a comunicação. Ela deve ser acessível. Você deve transparecer confiança ao transmitir sua mensagem. Mantenha as costas eretas, sua cabeça alta, o peitoral e braços abertos, faça com que sua audiência sinta que é um velho amigo seu.
Linguagem Corporal e a sua Imagem Não tenha dúvidas de que a imagem pessoal pode abrir ou não portas muito importantes na vida, como um emprego melhor ou mesmo um novo relacionamento. Mas a dúvida é: como conseguir melhorar essa imagem apostando em uma nova atitude corporal, ou seja, como moldar o comportamento e passar a ser melhor visto por todos? Para te ajudar a entender esse assunto e a aprender a usar a imagem pessoal a seu favor selecionamos algumas dicas muito úteis para o dia a dia e que facilmente poderão ser incluídas nos hábitos. Confira! Começando pela postura O primeiro passo é prestar atenção na postura corporal, pois ela pode transmitir segurança a todos que estão a volta. Aquele ditado que diz que “ a primeira impressão é a que fica” tem seu fundamento, e algumas vezes não se terá uma segunda chance para corrigir uma imagem pessoal que não tenha sido bem transmitida. Não estamos dizendo que é preciso ser uma pessoa diferente, pelo contrário, o que contará mais pontos será a naturalidade com que a pessoa consegue conduzir cada tipo de situação, seja boa ou ruim. Esteja sempre atento quanto as distrações Hoje em dia, é quase impossível conseguir conversar com outra pessoa sem que ela esteja segurando um celular e, de vez em quando, até pare de prestar atenção na conversa pessoal para responder mensagens e interagir com as redes sociais. Por mais que isso possa ser classificado como um hábito da vida moderna, seja enquanto estiver reunido com a família, amigos ou mesmo no trabalho, essa atitude é muito deselegante e pode demonstrar falta de interesse pelo o que esteja acontecendo no momento. Essas pequenas distrações não são positivas para a imagem pessoal, pois é preciso estar concentrado e focado no que importa em cada momento. Gestos e expressões Nem sempre é difícil, mas manter uma expressão cordial também é muito importante, mesmo que esteja passando por momentos de dificuldades. Quando se fala em imagem pessoal, tudo conta: postura, gestos, nível de atenção e vestimentas. Ou seja, é um conjunto de detalhes que constroem essa imagem. Os gestos, em proporção adequada, também podem estimular o ouvinte a prestar mais atenção no que você estiver falando e ainda transmite naturalidade. Mas quando os gestos são excessivos acabam se tornando um ponto negativo e isso não é nada interessante. A voz também poderá ser a responsável por passar uma imagem agressiva, bondosa, entre outras características, então, preocupe-se em manter um tom natural. As roupas também influenciam As roupas têm o poder de construir uma imagem pessoal por si só, sem que o indivíduo precise gesticular ou falar. Por isso, é importante escolher peças que realmente estejam de acordo com a personalidade e que deixem a pessoa confortável e confiante em si mesma. Pode parecer besteira, mas roupas e acessórios são itens poderosos e ajudam a moldar o comportamento. Por mais que exista a moda das tendências, procure ser fiel ao seu estilo e faça mudanças seguindo seu gosto particular, o que é sempre bem-vindo e ainda poderá representar uma nova fase na vida. E você, também se preocupa com a imagem pessoal? Não se esqueça de deixar seus comentários. Conheça o curso de Oratória da Arte de Treinar e a consultoria para Construção da Imagem Pessoal - See more at: http://www.artedetreinar.com.br/dicas-e-novidades/linguagem-corporal-e-sua-imagem/#sthash.SKos7neZ.dpuf
Publicada em 22/05/2016 às 09h00. Atualizada em 22/05/2016 às 09h00 5 dicas de linguagem corporal para se dar bem em uma negociação Durante uma negociação, existem diversos cuidados que precisam ser tomados Redação Catho publicidade Redação Catho Todo trabalhador ou candidato à vagas de emprego já passou ou passará por negociações em sua trajetória profissional, seja para combinar um salário, prazos e demandas, ou outros tipos de acordo. Durante uma negociação, existem diversos cuidados que precisam ser tomados. Eles podem ser divididos entre os verbais e não verbais, entre os não verbais a linguagem corporal é um dos itens que mais podem contribuir positivamente. Sendo assim, a chave do sucesso de uma negociação pode estar no que não se fala, mas sim em como utilizar a linguagem corporal para influenciar pessoas e ainda respaldar o discurso, trazendo mais veracidade para o conteúdo apresentado. Confira, na sequência, as dicas que a psicóloga e supervisora de assessoria de carreira da Catho, Larissa Meiglin, elaborou e tenha mais efetividade em uma negociação, além de lhe auxiliar na interpretação da linguagem corporal de outras pessoas. 1. Aperto de mão firme Um aperto de mão fraco pode demonstrar insegurança e causar uma impressão negativa. Dessa forma, o ideal é se empenhar para realizar o cumprimento de forma firme e segura, porém amigável. Esse simples ato é algo que está gravado no subconsciente da maioria das pessoas, pois ele remete a tempos antigos, onde o aperto de mão significava que você não estava armado, logo, não era uma ameaça. Assim, um aperto de mão bem feito pode fazer qualquer negociação começar bem. 2. Olhos nos olhos Quando não temos muita confiança no que estamos dizendo ou nos sentimos constrangidos, é comum desviar o olhar. É uma maneira rápida que o nosso cérebro encontra para fugir dessa situação de confronto ou desconforto. Porém, ela é percebida rapidamente e, mesmo inconscientemente, passa uma imagem negativa de despreparo ou inferioridade. Então, se você quer passar uma imagem confiante, exercite fixar o olhar nos olhos da outra pessoa. Nem sempre é fácil, pelo menos no começo, mas com a prática, será algo que será feito sem esforço. Se precisar olhar para outro lugar, tudo bem fazer isso de vez em quando, mas seja breve, se policie para não parecer que está divagando. 3. Respeito ao espaço pessoal de cada um Para que cada pessoa se sinta confortável, existe um espaço pessoal que deve ser respeito, pois se invadido, é possível que a sensação seja exatamente essa, a de uma invasão de privacidade, causando um sentimento ruim de que barreiras importantes foram rompidas, o que não é nada interessante para uma negociação. A dimensão de espaço pessoal varia de pessoa para pessoa e até mesmo de uma cultura para outra, mas, por via das dúvidas, é melhor não se aproximar demais. Após o cumprimento inicial, seja ele um aperto de mão (firme, mas amigável, como dito anteriormente) ou até mesmo um beijo no rosto, caso o relacionamento comporte, é recomendável dar uns dois pequenos passos para trás. Essa mesma recomendação vale para pessoas que têm o hábito de conversar e constantemente pegar na outra pessoa. Se você possui esse costume, em uma negociação, se policie para que isso não aconteça, pois, contatos físicos indesejados podem por toda a negociação a perder. 4. Sinais com a cabeça Além de olhar nos olhos, a sua cabeça também pode ser uma forte aliada em uma situação de negociação. Existem alguns movimentos que passam sensações positivas ao outro. Por exemplo, balançar a cabeça indicando que você concorda com o que está sendo dito pode ser muito estratégico, pois passa para a outra pessoa a impressão de que você aceita e valida o que está sendo dito. Essa sensação de validação é muito positiva, traz a pessoa para o seu lado. Inclinar sutilmente a cabeça para um dos lados também pode ser uma boa pedida, pois a movimentação indica que você está atento ao que está sendo dito, que está interessado. Só tome cuidado para que os movimentos não sejam bruscos, eles têm que ser sutis e calculados, para passar a impressão de espontaneidade e não de impaciência. 5. Use a técnica do ‘Espelho’ Caso a pessoa com quem se está negociando utilize com certa frequência um determinado jeito de falar ou use expressões faciais específicas, escolha uma delas e experimente espelhá-las. Essa dinâmica deve também ser muito sutil, para que não se parece em nada com um mímico, mas apenas para que o outro perceba em você algo que lhe parece familiar e se concretizar em uma sensação de afinidade, podendo ser esse um canal que permita uma receptividade ainda maior em relação a você e a proposta apresentada.
3 truques de linguagem corporal que farão você parecer mais simpático Alguma vez você já teve uma boa ou má impressão de alguém sem nem sequer trocar uma única palavra? Você é do tipo de pessoa que não entende por que os outros têm preconceitos contra você? Gostaria de ser uma daquelas pessoas que são bem recebidas desde o primeiro momento, daquelas que causam uma boa impressão e que os outros tratam como se as conhecessem a vida toda? A resposta está na sua linguagem corporal. Seu corpo envia sinais durante todo o tempo. Não é apenas a sua voz que fala por você. Você diz algo até mesmo quando está calado. Se o que você quer é causar uma primeira impressão melhor e parecer mais simpático, ser engraçado ou tentar estar presente em todas as conversas, saiba que as palavras não são a única coisa que vai determinar a impressão que as pessoas têm de você. Aliás, pode ser que isso nem sirva para nada. Se você deseja causar uma melhor impressão nos outros, pode fazer isso sem abrir a boca. A forma de mover os olhos, a maneira de se sentar ou de mover suas mãos e outros vários gestos, aparentemente insignificantes, podem ajudá-lo a criar uma boa impressão. Preste atenção na sua atitude, expresse-a com seu corpo A mente humana é crítica em relação ao que vê, e graças a isso evoluímos como espécie. Em uma fração de segundos, nossa mente é capaz de identificar se uma pessoa é uma ameaça ou se é útil para a nossa sobrevivência. É tudo questão de instinto. Neste sentido, nossa linguagem corporal é o que nos trai. Ao tomar uma atitude sobre essa linguagem corporal, podemos “enganar” o instinto dos outros para que seja mais fácil estabelecer relações. Amigos conversando com linguagem corporal Só que, além da manipulação da percepção do outro, agir sobre a nossa linguagem corporal nos permite estar mais seguros de nós mesmos e nos expressarmos da forma que desejamos. Não prestar atenção na nossa linguagem corporal pode enviar uma mensagem contraditória à que realmente queremos expressar. Por isso é necessário prestar atenção na atitude. Se você coloca uma barreira com a sua postura ou com a sua forma de estar, não está dando aos outros a oportunidade de conhecê-lo. Se você agir como um bobo, pensarão que você é bobo. Se se fizer de esperto, pensarão que você é um pedante. Se for metido, as pessoas provavelmente o verão como um idiota. Por isso, se quer parecer simpático, aja como tal e preste atenção na sua atitude. Mas que tipo de atitude tem uma pessoa simpática? Além de evitar as atitudes bastante conhecidas, como qualquer um dos exemplos anteriores, o segredo para ter uma atitude simpática é se preocupar com o outro, ver o que você pode fazer para ajudar os outros, mas sem insistir nem abusar. Trata-se de se mostrar disposto e útil, mas sem exagerar. Preste atenção na sua postura e melhore a sua linguagem corporal A postura, como parte da nossa linguagem corporal, influencia o segundo julgamento imediato que as pessoas fazem dos outros. Entre outras coisas, vemos na postura do outro o que ele pensa sobre si mesmo, permitindo que tenhamos uma ideia sobre que tipo de pessoa ela é. Para encontrar uma postura positiva, você deve estar ereto e relaxado. Seu corpo é submetido a duas forças, uma que te ancora ao chão e te enraíza com a terra, e outra que te eleva, que te faz olhar para frente e seguir em frente. Seus ombros devem estar ligeiramente para trás, para permitir que seu torso se expanda em cada respiração, que deve ser pausada. Para melhorar a aparência e a postura, procure manter as pernas ligeiramente afastadas e as costas retas, sem rigidez. Isso que parece ter saído de uma sessão de ioga é o que diferencia uma pessoa com uma atitude arrogante ou prepotente de outra que se comunica com o seu ambiente, o que diferencia uma pessoa derrotada e pessimista de uma com vontade de viver e desfrutar da vida. Além disso, você deve mostrar uma postura aberta quando fala com outra pessoa, sem cobrir o peito com os braços, parecer recolhido sobre si mesmo ou chegando para trás, se afastando da pessoa com quem está falando. Isso mostra confiança e conforto. Além disso, você deve evitar se apoiar sobre objetos ou brincar com algo em suas mãos, já que isso mostra passividade e insegurança. Amigos conversando sentados com linguagem corporalSorria e cumprimente Não importa como você se sente, se conhece ou não as pessoas que estão em um lugar ou que chegam onde você está. Se quiser parecer simpático, sorria sempre e cumprimente. Não importa se a outra pessoa não é capaz de sorrir de volta ou se ficar muda, e também não importa quantas vezes já a tenha visto essa semana ou esse dia. Sorrir e cumprimentar deve ser um hábito. Faça isso sempre. Não é preciso cumprimentar com gritos ou tentar chamar a atenção da outra pessoa ou de um grupo. Simplesmente sorria e acene, estabelecendo contato visual de forma individual e cumprimentando com um leve gesto com a cabeça, mesmo que não conheça a pessoa. Para quem conhece, aproxime-se devagar, mesmo que não conheça assim tão bem. Isso demonstra confiança e mostra uma atitude aberta que não passará despercebida pelos outros. Um velho truque que funciona muito bem quando você não conhece ninguém ou quer parecer uma pessoa sociável e simpática é cumprimentar seus amigos imaginários de forma natural e sem trejeitos. As outras pessoas não têm uma visão de 360 graus capaz de controlar tudo o que ocorre ao seu redor. Mas todo mundo gosta de se relacionar com pessoas populares. Além disso, o sorriso deveria ser parte da sua expressão facial como um padrão. Não é questão de forçar a boca, mas de interiorizar o sentimento de felicidade, de agir como se realmente estivesse vendo ou vivendo algo que você gosta. Isso fará com que o seu
7 truques de linguagem corporal que vão fazer qualquer um gostar de você 7 truques de linguagem corporal que vão fazer qualquer um gostar de você Aprenda a chamar e reter a atenção de alguém sem dizer uma única palavra 50 0 0 18 de maio de 2016 - 17:45 Equipe Sempre Família Não há dúvida de que a linguagem corporal é importante. Segundo Lell Lowndes, em seu livro How To Talk To Anyone, você pode chamar e reter a atenção de alguém sem dizer uma palavra. A revista Time selecionou as melhores técnicas de linguagem corporal que a autora expõe em seu livro e as compartilhamos abaixo. O sorriso transbordante “Não dirija um sorriso imediato quando você cumprimenta alguém”, diz Lowndes. Se você faz isso, vai parecer que qualquer um que entre no seu campo de visão vai receber o mesmo sorriso. Em vez disso, pare, olhe o rosto da pessoa por um segundo e então dê “um grande, caloroso e sensível sorriso que inunda o seu rosto e transborda pelos seus olhos”. Mesmo que o delay seja menor que um segundo, convencerá o interlocutor de que o seu sorriso é sincero e personalizado. Segundo Lowndes, um sorriso demorado pode dar mais riqueza e profundidade à maneira como as pessoas percebem você. Olhos pegajosos “Finja que os seus olhos estão colados no seu interlocutor como caramelo quente e grudento”, aconselha Lowndes. Mesmo depois que ele terminar de falar, não corte o contato visual. “Quando você precisar olhar para outro lado, faça isso de maneira tão lenta, relutante, como se você esticasse o caramelo grudento até que aquele fiozinho finalmente se rompe”. Você também pode contar quantas vezes o seu interlocutor pisca. Em um estudo de caso, as pessoas pesquisadas reportaram sentimentos de respeito e afeição significativamente mais altos em relação aos seus colegas que usaram essa técnica. Olhos atentos Em um grupo de pessoas, você deve ocasionalmente olhar a pessoa na qual está interessado, não importa quem esteja falando. Se a sua atenção se dirige àquela pessoa mesmo quando ela está apenas escutando, você mostra que está extremamente interessado em suas reações. Mas esteja atento – exagerar nisso pode pressionar um pouco a pessoa e fazer com que ela se sinta desconfortável. Você deve olhar primariamente quem está falando, mas permitir que o seu olhar salte para o seu alvo quando quem fala termina algum ponto interessante. Volte-se para o bebê As pessoas são muito conscientes que como você reage a elas. Quando você conhece alguém, volte o seu corpo totalmente para ela e lhe dê a mesma exclusiva atenção que você daria a um bebê. Lowndes diz que “voltar-se 100% em direção à nova pessoa diz em alto e bom som: ‘Eu acho que você é muito, muito especial’”. Controle a sua inquietação Se você quer parecer confiável, tente não se mexer muito quando a sua conversa realmente importa. “Não se debata, não se contorça, não se coce, não se agite”, recomenda Lowndes. Movimentos frequentes com a mão próximos ao seu rosto pode dar ao interlocutor a sensação de que você está mentindo ou está ansioso. Simplesmente fixe o olhar em quem o está ouvindo e mostre a ele que você está totalmente concentrado no tema em questão. Segure pelos dentes Esse truque de visualização o ajudará a parecer mais confiante em sua postura – que Lowndes descreve como o “seu maior medidor de sucesso”. Para fazer isso, visualize um pedaço de couro pendurado em cada porta que você atravessar. Imagine que você está dando uma mordida nesse couro e o segurando entre os dentes. Mantenha em seu rosto esse sorriso que surgiu. “Quando você segura algo com os dentes”, diz a autora, “cada músculo está posicionado na postura perfeita”. Sua cabeça está altiva, os ombros para trás, os pés leves, o peito para fora. Esse truque também funciona devido à frequência em que atravessamos portas. Se você visualizar algo com frequência o bastante, se tornará um hábito. “Uma boa postura habitual é a primeira marca de um grande vencedor”. Olá, velho amigo Quando você encontrar alguém pela primeira vez, imagine que vocês são velhos amigos. De acordo com Lowndes, isso causará várias reações subconscientes em seu corpo, desde sobrancelhas relaxadas até a posição dos dedos do pé. Um benefício adicional é que quando você age como se gostasse de alguém, você realmente começa a gostar da pessoa. Lowndes diz: “Em suma, o amor gera amor, a afeição gera afeição, o respeito gera respeito”.
PRÁTICAS EDUCATIVAS E SEMINÁRIO TEMÁTICO II- LINGUAGEM CORPORAL: As manifestações corporais no espaço escolar. ​ PRÁTICAS EDUCATIVAS E SEMINÁRIO TEMÁTICO II- LINGUAGEM CORPORAL: As manifestações corporais no espaço escolar. CARLA FONSECA DE ANDRADE RODRIGUES[1] EDERVAL PEREIRA DE SOUZA[2] GILCIMAR PINTO DE FREITAS[3] JOELMA GOMES DE OLIVEIRA ARAÚJO[4] JOSIANE DO PILAR SANTOS DE SOUZA[5] MARIA APARECIDA DO CARMO PEREIRA[6] SIMONI CARRIJO[7] A melhor maneira de tornar as crianças boas é torná-las felizes. (Oscar Wilde) INTRODUÇÃO Os educadores têm consciência de que é através do corpo que a criança se expressa e este movimento corporal dentro da escola, fica restrito a momentos específicos como as aulas de educação física e ao horário do intervalo ou recreio. Nas demais atividades em sala de aula, normalmente a criança é direcionada a permanecer devidamente sentada em sua carteira, em silêncio e de preferência olhando para frente. Segundo Strazzacapa (2001), professores e diretores ainda hoje lançam mão da imobilidade física como punição e da liberdade de se movimentar como prêmio. Esta negação do movimento relega a criança apenas contemplação, sem se envolver, sem tomar parte efetivamente dos acontecimentos ao seu redor e do mundo que a cerca. Como propósito de trabalho, objetiva-se mapear a ocorrência das manifestações e linguagens corporais na realidade do espaço da escola pública municipal de educação infantil, buscando investigar como o movimento corporal é tratado na escola e identificar a contribuição do movimento na formação da criança, assim compreendendo a importância da concepção de movimento corporal da equipe gestora - coordenação e direção. No entanto o movimento corporal para a criança vai além de uma simples manifestação de partes do corpo, significando muito mais do que a locomoção de um espaço para outro e assim, criam-se possibilidades da criança se expressar e se comunicar por meio dos gestos, interagindo e utilizando fortemente o apoio do corpo, demonstrando suas emoções, proporcionando uma comunicação com o mundo a sua volta. Dessa forma, cabe ao educador interpretar os significados dos movimentos e expressões utilizados pelos alunos, amparando-os em suas necessidades, de maneira a contribuir para que assim o processo de desenvolvimento da criança aconteça de maneira satisfatória. Sendo assim pretende-se através deste observar duas turmas da escola de Educação Infantil, para que assim possamos compreender como se dão as manifestações corporais das crianças e como essas são interpretadas tanto pelos professores regentes das turmas quanto pela equipe gestora. "A observação cuidadosa sobre cada criança e sobre o grupo fornece elementos que podem auxiliar na construção de uma prática que considere o corpo e o movimento da criança." (BRASIL, p.39, 1998). Como meio norteador para o entendimento de como se dão as manifestações corporais, utilizamos como principais teóricos, Lopes (2012), Gil (1999), Chagas (2013) e RCNEI - Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) para que assim possa obter uma compreensão de como é utilizado às capacidades do desenvolvimento das habilidades da criança. O professor deve a todo o momento estar atento as atividades motoras das crianças, pois é nesse momento que o mesmo poderá identificar os mais variados significados das manifestações corporais, oportunizando assim condições de se expressarem desenvolvendo as diversas habilidades que a criança possui. Para que a criança possa interagir com o mundo é necessário haver movimento e experimentação, sendo assim, a motricidade garante suporte para o conhecimento do mundo que a rodeia. São nas escolas que se criam as primeiras possibilidades de a criança adquirir coordenações motoras facilitando a interação com o outro e consigo mesmo ganhando autonomia ampliando seu conhecimento, do outro e do eu. "A imagem do corpo é, pois, uma reconstrução constante do que o indivíduo percebe de si e das determinações inconscientes que ele traz de seu diálogo com o mundo." (FREITAS, 1999, p. 30). Em um mundo onde se predomina a tecnologia e que seu uso enaltece a cognição em detrimento ao movimento, onde ao toque de um botão a pessoa pode contemplar o mundo, tendo diversão sem sair de casa, torna-se ainda mais relevante o papel da escola em proporcionar o desenvolvimento dos alunos com relação à motricidade para que os mesmos realizem movimentos, pois, "a escola deve ser compreendida como espaço primordial para socialização" (MATO GROSSO, 2012, p.81). Dessa forma aumentam-se as possibilidades de interações, incentivando a atividade corporal, favorecendo o envolvimento físico, beneficiando a participação espontânea em tarefas que exigem a capacidade cognitivo-motor. "Todo conhecimento – inclusive de si mesmo – passa pelo corpo. É o corpo que está envolvido no processo de compreender, de recordar, de se individuar". (FREITAS, 1999, p. 74). Diante da necessidade de compreender a presença das manifestações corporais no âmbito escolar, apresentou-se a ideia de mapear as ocorrências da linguagem corporal no espaço da Educação Infantil e como a mesma é tratada. O fato de algumas escolas se preocuparem mais com os aspectos cognitivos da criança, deixando de trabalhar atividades que desenvolvem os aspectos motores, despertando-nos o interesse pelo desenvolvimento desse trabalho. O aprender está relacionado à cognição em detrimento do movimento corpóreo, como se fosse possível separá-los, tornando-se necessário compreender o homem como um todo, mente e corpo, salientando que no espaço escolar necessita haver estímulos para que tenha percepção de si mesma e construa sua imagem subjetiva, passando a ser um lugar onde ha convivência igualitária entre cognição e motricidade. Para Wallon o desenvolvimento da inteligência vai do ato motor ao ato mental, por meio de processos de internalização ativa da criança, que é concebida como um ser inicialmente fisiológico que com as interferências do social e da cultura passará a ter seu desenvolvimento biológico e psíquico intimamente ligado à interação com o meio. (LEPRE, 2008, p. 316, apud, LOPES, 2012, p. 24). Através do movimento, a criança é condicionada a buscar novas oportunidades que contribuirá para seu desenvolvimento cognitivo e motor, sendo as atividades motoras de suma importância para a interação da criança com o meio social na qual a mesma está inserida. Com o intuito de levantar os questionamentos necessários para a realização da pesquisa, de forma que venha a contribuir para o desenvolvimento da criança utilizou-se os seguintes questionários: O movimento corporal na escola está sendo desenvolvido? É compreendido e praticado? Quais manifestações corporais ocorrem na realidade de uma escola pública municipal, de Educação Infantil, na visão da equipe gestora? A investigação do movimento corporal no espaço escolar citado acima será de suma importância para a compreensão e contextualização das manifestações e ocorrências corporais na referida realidade, evidenciando assim os acontecimentos dessas no âmbito escolar de forma a buscar novas oportunidades de ensino através dos dados coletados. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: AS MANIFESTAÇÕES CORPORAIS NA ESCOLA As manifestações corporais são práticas de ensino voltadas aos movimentos consideradas uma maneira de ensinar através da ludicidade, sendo assim, essa hoje é um assunto que tem conquistado o espaço da educação nacional principalmente no que se refere à educação infantil por ser um método de ensinar brincando. Sendo assim, é uma ferramenta de trabalho pedagógico que proporciona a facilitação no ensinar e na aquisição de conhecimento oportunizando a aprendizagem do indivíduo e sua compreensão de mundo. As manifestações corporais se dão por meio de jogos, brincadeiras, danças, mímicas entre outros, são meios que fazem parte da vida de qualquer indivíduo, pois o movimento está presente na vida do ser antes mesmo dele nascer. O brincar faz parte também da cultura de uma sociedade e assim, através desse método de ensino a criança vive num mundo de descobertas, de encantamento, de fantasia e de imaginação, pois viaja pelos sonhos e adquire a descoberta de algo novo surgindo à possibilidade de aprender, criar e compreender o que está a sua volta. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. (SANTOS, 1997, p.12). Na linguagem corporal busca-se compreender a criança para além dos aspectos intelectuais e as suas necessidades, descobrindo avanços maiores que visam contribuir para nossa compreensão acerca do desenvolvimento humano, numa perspectiva de levar a criança a entender que no âmbito escolar todo o contexto deve ser atingido e não focar em aspectos únicos, que levem a criança ao alienamento de algumas práticas. Corpo e mente deve ser entendidos como componentes que integram um único organismo. Ambos devem ter assento na escola, não um (a mente) para aprender e o outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar. (FREIRE, 1989, p. 14, apud, LOPES, 2012, p.35). Gallahue (2003) nos apresenta como contribuição de seus estudos o modelo teórico de desenvolvimento motor humano que facilita a compreensão do mesmo, desde a fase intrauterina até o nascimento e consequentemente a velhice. Os movimentos servem então para que se avalie a progressão sequencial de habilidades motoras ao longo da vida. Ou seja, através do movimento observável pode se perceber qual a fase corresponde o desenvolvimento. (LOPES, 2012, p.40). Segundo Lopes (2012), o corpo juntamente com a Educação Física sempre foram utilizados para compreender os momentos da história da humanidade. Vários são os autores que mencionaram sobre essa realidade atribuindo a importância da Educação Física como área de conhecimento que passou por diversas mudanças até chegar a tal concepção e valorização nos dias atuais. Assim sendo, é de suma importância compreender as várias teorias no decorrer da história da educação física, para a prática das manifestações corporais. Dessa maneira é possível perceber o quanto as manifestações corporais são imprescindíveis para toda essa compreensão na busca de realizar um trabalho ao mesmo tempo em que contextualizado, também associando a teoria e a prática, com o intuito de atingir o aluno em sua totalidade. A educação pelo movimento, utilização e contribuição da ação, do movimento para desenvolver, facilitar e reforçar a aprendizagem escolar, se bem integre a Educação Física, é um principio universal reconhecido por médicos, psicólogos, educadores e especialistas. (HURTADO, 1987, p.18, apud, LOPES, 2012, p.29). A linguagem corporal difere das demais por ir muito além de conhecimentos teóricos e buscar integrar a teoria juntamente com a prática criando assim possibilidades de interação que possam vir a contribuir para todo o processo de desenvolvimento psicomotor. "Uma pessoa é mais do que um conjunto de partes isoladas. O desenvolvimento é um processo unificado". (PAPALIA, 2006, apud LOPES, 2012, p.36). Assim torna-se imprescindível a compreensão das manifestações corporais propiciando a criança conhecimentos que assegurem o desenvolvimento acerca dos movimentos e o uso destes, para que possam utilizá-los com maior precisão, usufruindo das habilidades que os movimentos corporais propiciam. A atividade motora é de suma importância no desenvolvimento global da criança. Através da exploração motriz, ela desenvolve a consciência de si mesma e do mundo exterior. As habilidades motrizes são auxiliares na conquista de sua independência. (ROSA NETO, 2002, p.12, apud LOPES, 2012, p.29). Sendo assim, para a criança aumentar o conhecimento na qual estejam relacionados com as diversas manifestações corporais torna-se necessário que toda a equipe gestora juntamente com a comunidade escolar compreenda as fases em que as crianças estão inseridas a fim de saberem lidar com as diversas situações existentes ao longo do processo de desenvolvimento. Assim todos os profissionais que lidam diretamente com a criança podem contribuir positivamente para o desenvolvimento da criança nos diversos aspectos. De acordo com Chagas (2010), a linguagem corporal reflete o estado emocional em que a pessoa se encontra dessa forma cada gesto exibido, transmite fontes de informações preciosas sobre o estado emocional da pessoa. A escola não é um espaço que é voltado somente para as funções cognitivas, pois ha uma preocupação social e pessoal com o educando, ou seja, volta-se para as questões afetivas e emocionais da criança, buscando compreendê-las em todas as suas manifestações. Os movimentos corporais são de suma importância para a compreensão dos limites e possibilidades do próprio corpo, pois é através das manifestações corporais que a criança estabelece os primeiros contatos como o mundo. Dessa forma cabe ao professor propiciar momentos que envolvam a interação entre as crianças ao mesmo tempo em que a mesma possa adquirir conhecimentos práticos através de atividades que envolvam a ludicidade e os movimentos corporais, permitindo assim, sua comunicação com o mundo, portanto, o educador tem o dever estar atento às atividades que desenvolve em seu cotidiano, pois, são em momentos como este que não se pode esquecer o foco principal da Educação Infantil que é a socialização. O professor pode explorar as capacidades físicas e intelectuais, assim como as valências motoras das crianças, através de brincadeiras que façam parte das culturas lúdicas e desportivas nas quais a escola está inserida e que oportunizem às crianças brincar com as outras, interagindo e construindo estratégias coletivas para atingir objetivos comuns, como já é possível fazer nesse estágio de desenvolvimento humano. (BRASÍLIA, 2005, p.14). Cabe ao professor ter consciência do quanto momentos que envolvem as manifestações corporais são importantes para a criança e quanto elas gostam de realizar atividades desse cunho. Moreira e Pereira, (2011), relata que o professor deve propiciar situações de aprendizagens para que as crianças possam vivencia-las, tornando essas manifestações como estímulo para o contexto social na qual serão realizadas. Portanto o professor deve desenvolver brincadeiras que proporcione o desenvolvimento da criança num todo, permitindo que as mesmas enriqueçam seu conhecimento através das manifestações apresentadas pelo corpo. Para a criança, a brincadeira tem importância em si mesma e, por isso, deve ser valorizada. A nós, educadores, cabe ter conhecimento das inúmeras possibilidades que cada momento propicia e aproveitá-las o máximo possível, fazendo com que todas as atividades sejam pedagógicas e enriquecedoras e percebendo no brinquedo, no jogo, no movimento e nas atividades corporais momentos de aprendizagem tão importantes como aqueles em que o corpo está guardado e apenas o intelecto está trabalhando. (BRASÍLIA, 2005, p.15). É necessário que o professor propicie oportunidades como propostas de enriquecer o conteúdo do educando na busca de atingir o desenvolvimento e a aprendizagem com qualidade, assim o mesmo deve criar formas diversificadas de envolvimentos que permitam aos educandos criarem suas próprias formas de manifestações corporais. Mas para que isso possa acontecer o professor precisa ter domínio do conteúdo referente às linguagens corporais, para que as informações cheguem aos educandos de forma bem explicita e compreensível. No interior da escola, o brincar se faz necessário para o aprendizado. Seria algo assim como aprender brincando. E quanto ao aprender brincando, considero-o não uma ferramenta de uso para o puro aprender, mas uma proposição de um caminhar numa via de mão dupla que mostrasse que o aprender não precisa ser feito só de não alegrias, mas de alegrias de fato. O uso do brinquedo e da brincadeira se faz necessário para propiciar esta condição de ludicidade e para aproximar a cultura adulta do ser criança, diminuindo a distância entre ambos. (LOPES, 2012, p.71). A realização de atividades que envolvem as manifestações corporais podem ser prazerosas e ao mesmo tempo educativas, pois, transmitem uma sensação de liberdade e ludicidade por não ter que estar sentado com cadernos e canetas nas mãos, diante de atividades que envolvam somente o aspecto cognitivo. As diferentes atividades corporais devem ser trabalhadas e baseadas e um conhecimento concreto por parte do educador, para que as mesmas sejam contextualizadas de acordo com o conhecimento e realidade cultural em que estes se encontram na busca de tornar as atividades sempre mais atrativas e objetivas, no intuito de atingir formas complexas de conhecimento. "Nesse contexto, percebe-se que a brincadeira, na condição de objeto da criança que brinca, é mais que um instrumento ingênuo como se poderia pensar, é a própria ferramenta da qual o individuo se utiliza para sua aprendizagem." (LOPES, 2012, 72). Fica evidente então que o papel do educador é fundamental para que ocorra aquisição de conhecimento, proporcionando um ambiente apropriado para a realização das atividades e assim possibilitar a interação e socialização entre os envolvidos nesse processo. As manifestações corporais não devem estar presentes somente fora da sala de aula em espaços amplos, mas também na sala aonde tudo depende da criatividade do professor que orienta e acompanha o desenvolvimento destes, para que explorem de maneira criativa as diversas possibilidades que essas atividades proporcionam. A dimensão subjetiva do movimento deve ser contemplada e acolhida em todas as situações do dia a dia na educação infantil, possibilitando que as crianças utilizem gestos, posturas e ritmos param se expressar e se comunicar. Além disso, é possível criar, intencionalmente, oportunidades para que as crianças se apropriem dos significados expressivos do movimento. A dimensão expressiva do movimento engloba tanto as expressões e comunicação de ideias, sensações e sentimentos pessoais como as manifestações corporais que estão relacionadas com a cultura (BRASIL, 1998, p.30). Situações que proporcionam ampliar as realizações de manifestações corporais devem ser propiciadas no decorrer das atividades em sala de aula e devem fazer parte do planejamento do professor com o intuito de trazer esse hábito para a realidade do aluno, de forma que possam sentir essa dimensão expressiva em seus atos e relacionamentos diários. As atividades motoras exercem papel fundamental para o desenvolvimento psicomotor, além de ser uma forma de diversificar a prática pedagógica sem perder a essência, de forma que oportunize o aluno a desenvolver suas potencialidades em busca de uma educação do corpo e mente de forma simultânea. De forma geral, podemos afirmar que as atividades motoras fazem parte do cotidiano das crianças em qualquer estabelecimento que se dedique à tarefa educacional de crianças em idade pré-escolar. O movimento, o brinquedo, os jogos tradicionais da cultura popular preenchem de alguma forma determinadas lacunas na rotina das solas de aula. Em algumas escolas podemos encontrar as músicas coreografadas no inicio dos trabalhos, o momento do parque livre ou dirigido, os cantinhos com jogos ou materiais lúdicos etc. (DIAS & NICOLAU (orgs.), 2003, p.176). Cabe ao educador a função de transmitir ao aluno a noção de que as atividades que envolvem as manifestações corporais devem ser realizadas, evidenciando assim que através desta prática estará ao mesmo tempo auxiliando no processo de desenvolvimento psicomotor e nas mais diversas formas de conhecimento. O fato é que independentemente do local em que se realizem as atividades que envolvem as manifestações corporais, o mais importante de tudo é o planejamento e fundamentação no assunto por parte do professor, pois, toda atividade a ser realizada deve ter um objetivo, só assim tem sentido e consegue-se identificar os pontos que devem ser analisados com mais precisão. Deve-se ressaltar que o educador precisa estar atento e considerar qualquer movimento representado pelo indivíduo, principalmente quando se refere à criança na educação infantil, contudo essas manifestações por meio do corpo podem estar simbolizando algo que a criança quer transmitir e não conhece ou não consegue repassar de outra forma, pois por meio dos movimentos a criança emite emoções, sentimentos, entre outros. Portanto o ensino por meio dos movimentos é uma proposta de fundamental importância para o desenvolvimento do indivíduo e seu convívio social. METODOLOGIA DA PESQUISA A pesquisa é descritiva, pois, visa descrever as características de um determinado público. Segundo Andrade (2007) a pesquisa descritiva tem como objetivo descrever as características de uma determinada população e preocupa-se em apresentar os fatos, registrá-los, analisá-los e interpretá-los e o pesquisador não interfere neles. Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de questionários e da observação sistemática. Assim objetiva-se mapear as ocorrências da linguagem corporal no espaço da Educação Infantil e como a mesma é tratada na busca de adquirir novos conhecimentos para compreender a realidade encontrada no espaço observado. No ato da pesquisa foram observados como as manifestações corporais das crianças ocorreram no âmbito escolar. Diante disso os procedimentos metodológicos necessários à realização dessa pesquisa partiram do método da abordagem qualitativa, onde há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. De acordo com os procedimentos metodológicos utilizados no levantamento bibliográfico, segundo Gil (1999, p.43), "esse tipo de pesquisa é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos", pois busca conhecer e analisar as contribuições científicas sobre um determinado assunto. Na perspectiva da pesquisa participante por amostragem, os dados foram coletados através de: observações, questionários diretos distribuídos a vários seguimentos bem como: Uma diretora, (ANEXO A) e as duas professoras que atuam com as turmas de 04 anos observadas no qual o questionário se encontra no ANEXO B. Devido à faixa etária em que as crianças observadas se encontram ocorreu apenas uma conversa informal com 05 crianças, pois, as mesmas não sabem escrever e não apresentam respostas com clarezas aos questionamentos. A pesquisa constituiu-se por levantamentos de dados com intuito de analisar os seguintes tópicos: Como ocorrem as manifestações corporais – pátio escolar, sala de aula e locais específicos para cada atividade a ser desenvolvida; Os educadores e gestores reconhecem a importância das manifestações corporais no desenvolvimento psicomotor das crianças. As manifestações corporais que as crianças revelam são voltadas à interação, socialização e comunicação das mesmas. Após estes levantamentos por meio de pesquisas e observações realizou-se a sistematização dos dados, através de uma comparação da teoria estuda antes de ir a campo, com a realidade encontrada na escola, na qual se encontra a seguir de forma sucinta. Descrição do espaço escolar. A Escola Municipal de Educação Infantil foi criada pelo Decreto Municipal Nº. 012 de 01 de fevereiro de 2010 e está localizada na Rua Amador Bueno s/n Jauru - MT. É autorizada junto ao Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE/MT) com o Nº. 114/2011 e credenciada junto ao mesmo conselho com Nº 029/2011, a mesma tem como Código no INEP o Nº. 51064723 e atende crianças de 04 meses a 05 anos de idade. A estrutura física é composta por 08 salas de aula, sendo que cinco turmas são de atendimento a crianças de 0 a 03 anos por período integral, duas turmas uma de 02 anos e outra de 03 anos no período vespertino, uma de 04 anos no período matutino e outra no vespertino, sendo que estas duas últimas citadas são as turmas que realizou-se as observações para a referida pesquisa. É composta também por salas específicas para gestores e educadores, brinquedoteca, biblioteca, sala de vídeo, banheiros femininos e masculinos adaptados de acordo com a faixa etária e nos padrões exigidos para atender os portadores de necessidades especiais, parque, lactário, cozinha, lavanderia, caixa de areia e cada sala contém espaços específicos para o momento de brincadeiras e socialização. Foto 1 – Fachada da escola Municipal Descrição: http://www.navegadormt.com/admin/up/creche_jauru.jpg Fonte: http://www.navegadormt.com/noticia.php?codigo=15023&categoria=Cidades. As turmas observadas foram as de 04 anos dos períodos matutino e vespertino, compostas por um total de 44 alunos, tendo como objetivo principal mapear a ocorrência das manifestações e linguagens corporais na realidade do espaço da escola pública municipal de educação infantil. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Diante das observações e questionários realizados juntamente com a diretora, as duas professoras e as cinco crianças no âmbito da escola municipal, pode-se concluir a importância do educador estar atento a todas as manifestações corporais exibidas pelas mesmas em seu cotidiano, pois os movimentos corporais estão presentes a todos os momentos nas atitudes aplicadas pelo ser humano. Com a criança não é diferente, porque são através das manifestações que as mesmas evidenciam todo o seu sentimento, emoções, criatividade e imaginação, também se relacionam e interage de forma espontânea uma com as outras, dessa forma, é possível identificar a criança, tímida, retraída, líder e com dificuldade de socialização. Sendo assim é preciso o professor estar sempre atendo as particularidades da criança, permitindo a identificação das possíveis dificuldades no processo de ensino aprendizagem. Segundo Gallardo et al. (1998, p. 87), " A riqueza do aprendizado propiciado pelas atividades motoras da cultura corporal não se esgota em sua realização pura e simples. É de fundamental importância que as crianças aprendam a refletir sobre sua vida prática, e não apenas vivenciá-la". Fica evidente então que a forma de ensinar modifica todo o processo de aprendizagem, sendo necessária a utilização das atividades corporais como parte fundamental para a compreensão e interação com o aluno, pois, através destas pode-se identificar as dificuldades e potencialidades. Segundo Chagas, (2010), através da linguagem corporal criam-se diversas possibilidades de interação entre aluno e professor, pois, a partir da realização destas consequentemente haverá uma comunicação entre as partes envolvidas de forma expressiva e significativa, proporcionando uma ampliação de novas oportunidades de conhecimento, valores, saberes e construção da própria identidade. As atividades corporais são muito importantes para o desenvolvimento da criança, pois, é através destes que a mesma adquire habilidades sociais, intelectuais, criativas e físicas. Com a realização de atividades que envolvem as manifestações corporais, facilita-se o processo de desenvolvimento da criatividade e imaginação, pois, são através destas que a criança se manifesta e estimula sua capacidade de forma que venha a contribuir para a socialização e interação no meio em que vivem. O professor deve refletir sobre as solicitações corporais das crianças e sua atitude diante das manifestações da motricidade infantil, compreendendo seu caráter lúdico e expressivo. Além de refletir a cerca das possibilidades posturais e motoras oferecidas no conjunto das atividades, é interessante planejar situações de trabalho voltadas para aspectos mais específicos do desenvolvimento corporal e motor. Nessa perspectiva, o professor deverá avaliar constantemente o tempo de contenção motora ou de manutenção de uma mesma postura de maneira a adequar as atividades às possibilidades das crianças de diferentes idades. (BRASIL, 1998, p.39). As atividades que envolvem expressões e manifestações corporais são de fundamental importância para que a criança possa se desenvolver num todo, por essa razão ao deixar de proporcionar às crianças atividades corporais que permitem seu desenvolvimento, é impedir de certa maneira que as mesmas manifestem sua cultura através dos movimentos e assim impedi-los de conhecer seu próprio corpo e suas potencialidades. Todas as atividades que envolvam os movimentos corporais devem ser trabalhadas e planejadas com muita atenção e dedicação, sendo assim cabe ao educador desenvolver competências que envolvam situações desafiadoras possibilitando as crianças, superar suas próprias expectativas, vencendo suas dificuldades em busca de adquirir novas perspectivas voltadas aos movimentos proporcionados pelo próprio corpo. Nesse sentido, é importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias as crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças. Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática, levando em conta as necessidades das crianças. (BRASIL, 1998, p.19). Organizou-se a distribuição para a análise dos questionários da seguinte forma: Diretora, professora I (do período matutino) e professora II (do período vespertino) e quanto às crianças serão mencionadas apenas as conclusões da conversa informal que se teve no decorrer da observação realizada. Ao serem questionados sobre as manifestações corporais e sua importância no desenvolvimento psicomotor da criança os gestores e professores responderam da seguinte maneira: "[...] Criança é sinônimo de ação, cientificamente já se prova que criança em movimento é garantia de constante aprendizado, que aprender brincando, até o momento é a melhor metodologia de se ensinar e aprender." (Diretora, questionário concedido em 24/11/2014). "[...] Ajuda nos movimentos motores, auxilia nas atividades de raciocínio lógico, memorização, percepção, etc.." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Ajuda no raciocínio lógico, desenvolvimento motor, cognitivo e desperta a concentração e percepção." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). Diante das respostas dos profissionais envolvidos no decorrer da observação pode-se identificar que os mesmos apresentam conhecimento da importância das manifestações corporais no desenvolvimento e processo de ensino aprendizagem evidenciando assim, a relação entre teoria e prática, ou seja, ressaltando o quanto essas relações precisam caminhar juntas para se concretizar e buscar atingir de melhor forma o conhecimento do educando. No trabalho com atividades motoras amplas, a criança vai adquirindo mais controle sobre o movimento, que deve ser o alvo principal do trabalho educativo. Vale dizer: oferecer o trabalho com a criança significa buscar a melhora da qualidade do movimento para que ela passe a ter controle de si mesma. Este controle é obtido pela própria qualidade do movimento que executa a sua precisão. (LOPES, 2012, p.97). Quando questionadas sobre a frequência com o que realizam atividades que envolvem as manifestações corporais obteve-se as seguintes respostas: "[...] Este tipo de atividade nesta idade de 0 a 05 anos quase se torna espontânea no dia a dia das crianças, no entanto os educadores fazem planejamentos semanais de atividades que envolvem os movimentos corporais que são adequados ao cronograma dos espaços oferecidos para desenvolvê-las." (Diretora, questionário concedido em 24/11/2014). "[...] Todos os dias, antes de realizar as atividades propostas no caderno." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Todos os dias." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). Desta forma destacam que as atividades voltadas às manifestações corporais são realizadas com frequência nas turmas observadas, portanto através das observações pode-se concluir que a veracidade dos dados citados são concretos, pois antes de começar as atividades pedagógicas todos os dias as aulas são planejadas com o intuito de propiciar momentos voltados aos lúdico, a aprendizagem e aos movimentos corporais. As professoras têm como propósito seguir um planejamento equivalente à faixa etária das crianças, ou seja, um cronograma de atividades na qual são desenvolvidas na perspectiva de atender as necessidades psicomotoras e proporcionar o melhor desenvolvimento em sua aprendizagem. Todos os dias há um cronograma a disposição do professor contendo horários para a utilização do parque, sala de vídeo, caixa de areia, brinquedoteca e biblioteca. Sendo assim fica a caráter do professor planejar atividades diferenciadas, para a utilização destes espaços e para o trabalho que desenvolva as manifestações corporais. Ao serem solicitados sobre a citação de algumas atividades que desperte as manifestações corporais que desenvolvem com seus alunos, obteve-se as seguintes respostas. "[...] Brincadeiras em círculo, cantigas de roda, corrida, salto, pular corda. Na sala de aula, no parque e no pátio da escola." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Músicas, brincadeiras de roda. Usamos o parque, sala e o pátio da escola." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). As professoras exploram de forma significativa os espaços que a escola possui para o desenvolvimento de atividades voltadas para as manifestações corporais das crianças. Desenvolvem atividades lúdicas e que ao mesmo tempo auxiliam na coordenação motora ampla, explorando os diversos movimentos corporais a serem realizados pelas crianças. Durante as observações notamos que algumas atividades citadas pelas professoras, são realizadas em um espaço mais amplo como, por exemplo, no parque, sempre depois do lanche, no horário em que está no cronograma para a exploração do parque e as crianças se divertem muito na realização das brincadeiras propostas pelas professoras, também são muito utilizados pelas educadoras, os espaços atrás das salas de aula onde estão demarcados jogos de amarelinha, caracol, linha retas e curvas para que os mesmos desenvolvam com maior exatidão sua coordenação motora. Ao serem questionadas sobre quais aspectos que podem ser observados nas crianças através dos movimentos corporais, obtiveram-se as seguintes respostas: "[...] Cognitivo, motor, psicomotor, etc." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Ajuda muito no desenvolvimento motor na concentração, etc.." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). Atividades que envolvem as manifestações corporais além de apresentar ludicidade estimula também o desenvolvimento psicomotor da criança, propiciando o aumento de suas potencialidades, assim despertando o prazer em realizar atividades deste cunho. Diante disso torna se claro a importância dessas manifestações motoras no desenvolvimento dos aspectos relacionados à motricidade, tornando possível por meio dos movimentos corporais a ampliação cultural que cada criança possui. O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal entrega-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz se presente em suas funções expressivas, instrumental ou de sustentação as posturas e aos gestos. (BRASIL, 1998, p.18). Quanto à disposição de espaços adequados para a realização de atividades que envolvam as manifestações corporais, responderam: "[...] A instituição conta com uma ampla área verde que favorece muito nas atividades corporais das crianças. Mas ainda há muito a se fazer para atender no desenvolvimento psicomotor das crianças." (Diretora, questionário concedido em 24/11/2014). "[...] Sim. Parque, não é o mais indicado mais é o que temos." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Sim. No pátio da escola e no parque." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). Dentro do que foi analisado no decorrer das observações, pode-se identificar que a escola dispõe realmente de espaço adequado para o desenvolvimento das atividades com as crianças, assim entendemos que as manifestações corporais podem acontecer em qualquer espaço, não tendo a necessidade de um local específico para esses acontecimentos, porém no âmbito escolar é de suma importância que haja um espaço amplo e material apropriado para que a criança possa manifestar seus movimentos livremente, proporcionando ao professor identificar as necessidades das crianças e valorizar seu aprendizado e suas evoluções. Quando questionados sobre o incentivo e apoio para a realização de projetos ou atividades direcionados às manifestações corporais no âmbito escolar, as mesmas responderam: "[...] Através de projetos desenvolvidos no decorrer do ano letivo se propõem um cronograma de atividades variadas onde são cumpridas de acordo com a idade e limitação das crianças." (Diretora, questionário concedido em 24/11/2014). "[...] Sim. Apoia e auxilia no que for necessário." (Professora I, questionário concedido em 25/11/2014). "[...] Sim. E também auxilia no que é necessário." (Professora II, questionário concedido em 25/11/2014). Todo o projeto deve ser voltado para atender as necessidades das crianças, buscando inovar suas práticas sendo que os educadores precisam desenvolver atividades que sejam criativas e atraentes jamais permitindo que as atividades propostas em sala se tornem rotineiras, devendo-se por parte do educador ter o cuidado para que as aulas não permaneçam na repetição e assim as crianças possam adquirir conhecimento do mundo que as cercam, pois são em momentos como estes que as mesmas desenvolvem a comunicação passando a construir sua própria identidade, permitindo a interação e a socialização entre elas, diante disso cabe ao educador ser mediador estimulando e facilitando o uso de vivências corporais no espaço da educação infantil. A atividade motora é de suma importância para o desenvolvimento global da criança. Através da exploração motriz, ela desenvolve a consciência de si mesma e do mundo exterior. As habilidades motrizes são auxiliares na conquista de sua independência. (ROSA NETO, 2012, p.12, apud, LOPES, 2012, p. 29). As atividades que envolvem as manifestações corporais necessitam caminhar junto ao processo de aprendizagem da criança, pois ambos estão envolvidos diretamente um com o outro, não podendo jamais se encontrar distantes ou até mesmo separados do processo de ensino aprendizagem na qual a criança está inserida. De acordo com Chagas (2010), a linguagem corporal é de extrema importância para o processo de ensino aprendizagem, pois, todos os métodos e instrumentos utilizados contribuem para o desenvolvimento da criança proporcionando às mesmas um aprendizado que assegure suas expressões corporais ao longo da vida. Através de conversas informais com cinco crianças, as mesmas relataram que os espaços no qual costumam utilizar para brincar são: "[...] na brinquedoteca, sala de vídeo, na areia e no espaço atrás da sala de aula". E quando comentamos sobre as atividades que tenham que se movimentar, quais mais gostavam, responderam: "[...] dançar, brincar de rodinha e contação de histórias". Sendo assim, observa-se que as respostas obtidas através do diálogo com as crianças, não estão de acordo com a realidade questionada, pois, comentam aquilo que mais gostam de fazer na escola independente do que foi questionado. As manifestações corporais mapeadas no espaço escolar são presentes e praticadas pelas professoras da sala na qual foram desenvolvidas as observações, sendo que, no decorrer das aulas, observa-se que as crianças são comunicativas e se socializam bem umas com as outras, andam muito pela sala da aula, ajudam uma a outra na realização das atividades e até compartilham materiais. Diante das diversas vivências no decorrer das observações destacamos a presença das manifestações através das expressões faciais, no qual as crianças transmitem suas emoções e sentimentos, ou seja, se estão tristes, alegres, tímidos e comunicativos. O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se fortemente ao conjunto da atividade da criança. (DIAS & NICOLAU (orgs.), 2003, p.176). No espaço da sala de aula também as crianças correm, saltam, dançam, viram cambalhotas, sobem nas janelas, plantam bananeiras na parede da sala, fazem suas estripulias brincando livremente, sendo que, para a criança todo o lugar é lugar de brincar, algo natural e que permite a mesma expressar prazer o tempo todo, por mais simples que seja sua atividade, dessa forma detectamos a presença dos movimentos corporais nas atividades desenvolvidas na sala de aula proporcionando conhecimento e encanto quando a criança executam suas atividades. Durante o período de observação notou-se que as crianças realizavam movimentos para que assim chamassem a nossa atenção como, por exemplo: brincadeiras voltadas para o equilíbrio, virar cambalhotas, virar estrelinha, dizendo ao observante, "o tia (o), olha o que eu sei fazer" entre outros movimentos que as mesmas realizavam com o mesmo intuito. Observou-se também durante a realização de atividades em sala de aula, que a professora segue um planejamento de execução das atividades como é proposto para o referido dia, assim, dentro deste mesmo planejamento existe um cronograma a ser seguido e por se tratar de todo plano de aula ser flexível, a educadora pode alterar esse cronograma de acordo com as necessidades apresentadas pelas crianças. Após a realização das atividades, as crianças tem liberdade para expressar sua imaginação realizando suas manifestações corporais através do uso dos próprios materiais levados de casa, ou dos que se encontram disponíveis na sala de aula, bem como jogos de encaixe, que são discretos e não atrapalham a realização das atividades por parte dos outros alunos. Com isso, enfatizamos que os conteúdos a serem desenvolvido devam estar relacionados com a ludicidade, de modo que a mediação do professor aconteça na própria brincadeira, estimulando novas formas de brincar e aproveitando-se daquelas que os próprios alunos propõem. Se a brincadeira proposta pelos alunos não couber naquela situação de aprendizagem, é preciso que entenda as razões disso. Brincar durante a aula não se traduz em deixar a criança fazer o que quer. (PICCOLO e LENI, 2012, p.11). Mesmo as atividades que envolvem as manifestações corporais realizadas na sala, após o termino do que a professora propôs como mediações de aprendizagem jamais devem ser deixadas de serem observadas e acompanhadas de perto, para que não se transforme em algo sem significado e objetivo, pelo contrário toda manifestação corporal, deve ter um planejamento adequado para cada momento. Notou-se que, durante as aulas observadas, os movimentos corporais fizeram-se presentes nas mais diversas formas de manifestações apresentadas pelas crianças, bem como: quando a professora inicia a aula, durante a contação de história, utilizam-se as mais variadas formas de expressões, para aguçar a participação e envolvimento do aluno no contexto da história, e logo após vem o momento da música, sequência essa realizada todos os dias, onde a professora canta com os alunos diversas músicas, na qual eles já dominam com certa facilidade e a maioria dessas envolvem na realização de imitações e/ou movimentos de ritmos. Observa-se que a participação dos alunos se torna muito mais envolvente proporcionando ás crianças a busca pelo gosto e o prazer de aprender com atividades que envolvem o movimento corporal. Apenas um tema pode gerar uma história que pode ser contada por meio de expressões corporais, e a brincadeira associa a imaginação e a criatividade, traduzindo-se em processos psicológicos que dão significado à aprendizagem. (PICCOLO e LENI, 2012, p.70). Sendo assim conclui-se que durante as observações, as realizações das atividades estão de acordo com as palavras das educadoras questionadas, pois, buscam a execução de atividades que envolvem as expressões corporais das crianças, estimulando-as assim sempre a utilização desses movimentos como uma forma de aprendizagem significativa e que proporcione o desenvolvimento psicomotor. CONSIDERAÇÕES FINAIS O referido trabalho teve como objetivo principal mapear a ocorrência das manifestações e linguagens corporais na realidade do espaço da escola pública municipal de educação infantil. Diante dos dados obtidos e das orientações teóricas a respeito do tema, pode concluir-se que as manifestações corporais são compreendidas e desenvolvidas neste âmbito escolar, buscando uma contribuição para a formação da criança e com o intuito primordial de associar a teoria e prática, ou seja, atingir o desenvolvimento psicomotor. As manifestações corporais propiciam oportunidades de conhecer o próprio corpo, suas possibilidades e limitações, contribuindo assim para o seu desenvolvimento psicomotor. Dessa forma não podemos deixar de destacar que as atividades que envolvem movimentos corporais são muito importantes para o desenvolvimento global da criança, sendo essa fundamental para a conquista da independência, ou seja, através das explorações e diversos movimentos corporais a criança cria mais liberdade e amplia suas possibilidades de vivenciar as atividades que envolvem o corpo. É muito importante disponibilizar recursos e oportunizar a exploração das manifestações corporais, para que assim possa aprimorar o conhecimento e aguçar a curiosidade, já que desta maneira se alimenta o repertório de conhecimentos acerca da linguagem corporal, ao mesmo tempo em que a imaginação ganha asas. As observações e dados obtidos no decorrer da realização da pesquisa auxiliam-nos na conclusão de que os movimentos corporais são de suma importância para a compreensão e conhecimento de seu próprio corpo. Dessa forma as manifestações corporais, por mais atraentes que possam parecer não podem cair na repetição, onde a criança fica restrita a imitar os gestos e movimentos dos adultos e dos colegas e sim estimular a criatividade e favorecer a experimentação, agregando novos conhecimentos a respeito das manifestações corporais aos já adquiridos, deve-se então propiciar a fomentação de confiança para a aquisição de novos padrões motores, fazendo com que a criança sinta-se confiante em sua capacidade de explorar nos espaços que lhe são oferecidos com seus respectivos desafios e estímulos na busca de atingir e aguçar sempre a curiosidade da criança. O educador deve compreender que todas as manifestações através do corpo, principalmente no que se refere à educação infantil é de suma importância para o desenvolvimento do indivíduo. O ensino por meio dos movimentos é um método lúdico que facilita o processo de ensino aprendizagem, sendo que a criança aprende de forma prazerosa, porém o professor deve trabalhar e desenvolver suas atividades de maneira consciente e não "brincar por brincar". Baseado nesse contexto, Santos (2001, p.15) relata que: "A educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado na concepção de educação para além da instrução". Deve-se ter consciência também de que as realizações de atividades que desenvolvam os aspectos motores são muito importantes para o desenvolvimento do aluno de forma geral, buscando assim sempre trabalhar as manifestações corporais independente do espaço que se tem para tal realização. Ao final dessa observação obteve-se noção dessas possiblidades de trabalho com as linguagens corporais tanto em sala de aula quanto fora, de forma a concluir-se que todas as atividades são possíveis de ser realizadas desde que o professor planeje suas aulas e que essas sejam ao mesmo tempo flexíveis, para atingir as necessidades dos alunos, tornando-se possível o acontecimento de interação e socialização nesse processo da educação que é tão importante para a formação social do aluno. REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998. CHAGAS, Renata. Linguagem Corporal, 2010. Disponível em Acesso em 11 de setembro de 2014. DIAS & NICOLAU (orgs.). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância. Campinas, SP: Papirus, 2003. FREITAS, Giovanina Gomes de. O esquema Corporal, a imagem corporal, a consciência corporal e a corporeidade. Ed: UNIJUÍ, 1999. GALLAHUE, D.L. Compreendendo o desenvolvimento motor: Bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003. GALLARDO, J. S. P.; OLIVEIRA, A. B. de; ARAVENA, C. J. O. Didática da educação física: a criança em movimento: jogo, prazer e transformação. São Paulo: FTD, 1998. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social, 5. Ed. São Paulo, Atlas, 1999. LOPES, Tomires Campos. Múltiplas Linguagens: Linguagem Corporal. Cuiabá: UAB/EdUFMT, 2012. MATO GROSSO, Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Área de linguagens: Educação Básica. Cuiabá: Gráfica Print, 2012, 128p. MOREIRA, Evando C. e PEREIRA, Raquel S.. Educação Física Escolar: Desafios e Propostas 2 – Várzea Paulista, São Paulo: Fontoura, 2011. PICCOLO, Nista e LENI, Vilma. Corpo em movimento na Educação Infantil. 1ª Ed. São Paulo, Cortez, 2012. RAUPP e BEUREN. Metodologia de pesquisa aplicada. Disponível em Acesso em 09 de novembro de 2014. SANTOS, SANTA MARLI PIRES DOS (org.). O Lúdico na formação do educador. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. SANTOS, SANTA MARLI PIRES DOS (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. SOARES ET AL. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Ed: Cortez, 1992. STRAZZACAPA, M., A Educação e a Fábrica de corpos: A dança na escola. Caderno Cedes, ano XXI, nº 53, abril. 2001. p. 69-83. [1] Graduanda do último ano do Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: [2] Especialista em Educação Interdisciplinar, Graduado em Pedagogia e Bacharel em Administração Pública pela UFMT; Professor Orientado no Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Barra do Bugres/MT e Técnico Administrativo Educacional na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso. Email: [3] Graduanda do último ano do Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: [4] Especialista em Literatura Infantil e Infanto-Juvenil, Graduada em Pedagogia pela UNEMAT; Professor Orientado no Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: [5] Graduanda do último ano do Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: [6] Graduanda do último ano do Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: [7] Especialista em Literatura Infantil e Infanto-Juvenil, Graduada em Pedagogia pela UNEMAT; Professor Orientado no Curso de Pedagogia na Modalidade à Distância UAB/UFMT no pólo de Jauru/MT. Email: